terça-feira, 13 de agosto de 2013

Comidas típicas da cidade de Torres, Rio Grande do Sul

Aos olhos do Brasil o Rio Grande do Sul é a "Terra do Churrasco". Uma região do País que não apenas empanturra os turistas com suas bem assadas picanhas, costelas, vazios e maminhas, como também espalha assadores criados em seus domínios pelo mundo afora. Mas, para tradicionalistas mais apegados à história do Pampa, exigentes e não tão simplistas, a culinária do Estado é bem mais diversificada e casas que atendam a essa demanda andam em falta ultimamente.
O universo de pratos típicos dos gaúchos vai muito além do churrasco.
Não dispensa um carreteiro de charque, a rabada com batata, o espinhaço de ovelha e costela, além do matambre enrolado. Esses são apenas algumas das "comidas" que sempre ajudaram a caracterizar a gastronomia dessa ponta sul do continente.

Pois todos esses pratos já integraram o cardápio de restaurantes que marcaram na história de Porto Alegre. Eles eram servidos enquanto músicos da mais alta qualidade exploravam a temática gauchesca, se apresentando e emocionando clientes. Restaurantes como o lendário "Recanto do Tio Flor" ou o "Pulperia" – ambos fechados há anos - , que ao mesmo tempo em que proporcionavam a degustação daqueles pratos, revelavam talentos que se perpetuaram no universo musical gaúcho.

"Quando começam a girar as boleadeiras, a comida chega a ficar pulando no meu estômago", comentou Daniel Torres, a respeito do espetáculo que virou quase uma obrigatoriedade em meio ao degustar das carnes de churrasco oferecidas aos clientes em locais tradicionais e de grande movimento turístico.
Em algumas casas as boleadeiras utilizadas são luminosas e, com o ambiente escurecido, dão a impressão de que se está num caleidoscópico bar noturno.

O momento, pode-se dizer, não é favorável e não atende àqueles que querem uma casa com a culinária gaudéria à mão, sem efeitos especiais. "Tem um restaurante, num hotel de São Gabriel – cidade da região oeste do Rio Grande - , que está fazendo sucesso com pratos gauchescos à base de ovelha", disse o fotógrafo Emílio Pedroso, que é um expert em gauchismo, com décadas de trabalho no jornal Zero Hora. O comentário serve para mostrar que a situação não é mesmo das melhores no setor e que há dificuldade inclusive
para dar um exemplo de restaurante com cara autenticamente gaúcha.

Entre as raras investidas de empresários que tentam afirmar locais que misturem comida campeira com música tradicional, está o "Estância de São Pedro", localizado na rua João Alfredo, no bairro boêmio da Cidade Baixa, em Porto Alegre. Mas já está lá, uma placa na parede frontal: "Vende-se o ponto".

Daniel Torres, o músico que é filho de um pai chileno, uma mãe argentina, e que se criou no Uruguai, comentou por fim que a identificação do Rio Grande do Sul com os países platinos deveria ser melhor explorada. E que qualquer um pudesse encontrar, ao natural, restaurantes para comer um bom e sincero carreteiro de charque, com feijão mexido e mandioca. Ou a rabada com batata,
ou ainda o espinhaço de ovelha... Confiram sempre as dicas do Camping Ademar em seu blog.

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